Betis faz cálculos e planeja manter Antony, mas salário elevado dificulta o sonho

Em pouco mais de um mês e meio, Antony se transformou em um dos pilares do Betis. Com a confiança total do técnico Manuel Pellegrini e o respaldo do clube, o atacante brasileiro, cedido por empréstimo pelo Manchester United, recuperou seu melhor futebol e se tornou essencial ao lado de jogadores como Isco, Diego Llorente e Bakambu. O impacto de Antony é tão grande que a diretoria do clube espanhol já trabalha em estratégias para segurá-lo por mais uma temporada.

Segundo o jornal ABC, de Sevilha, o Betis avalia diferentes possibilidades para continuar contando com Antony por mais um ano. A compra em definitivo é vista como improvável, já que o Manchester United desembolsou 95 milhões de euros pelo jogador, e os custos totais, incluindo amortização e salário, superam as condições financeiras do clube espanhol. Por outro lado, um novo empréstimo, com termos bem definidos, aparece como uma alternativa realista.

Um fator crucial para a permanência é a vontade do próprio Antony. Até agora, tudo sugere que o atacante está satisfeito no Betis. O brasileiro voltou a demonstrar alegria em campo, adaptou-se bem ao grupo e à cidade e tem se destacado como um dos principais nomes da equipe. Para mantê-lo, o Betis terá que persuadir o Manchester United de que prolongar o empréstimo é a melhor opção para o desenvolvimento contínuo do jogador.

O clube inglês está contente com a evolução de Antony na Espanha, o que pode facilitar as negociações. Porém, o maior obstáculo para um novo acordo é o salário do atleta. Hoje, Antony ganha cerca de 12 milhões de euros por temporada, um valor fora do alcance do Betis. A diretoria precisará encontrar uma solução, como uma redução salarial ou algum ajuste financeiro com o United, para tornar a permanência viável sem desequilibrar a folha de pagamento da equipe.

Desde que chegou ao Betis, Antony foi titular em todas as partidas, totalizando 11 jogos e contribuindo diretamente para oito gols (quatro marcados e quatro assistências). Em sete dessas partidas, ele jogou os 90 minutos, ajudando o time a garantir seis vitórias e um empate. Nas duas ocasiões em que foi substituído, o Betis acabou derrotado. Esses números destacam a relevância do atacante no esquema de Pellegrini, que já havia usado uma abordagem parecida com Ayoze Pérez anteriormente.