Scaloni reduz impacto das declarações de Raphinha e destaca imagem de Messi e Neymar no Maracanã: 'É assim que Brasil x Argentina deve ser'

O ambiente para o confronto entre Brasil e Argentina, marcado para terça-feira (25) no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, ficou mais tenso após as declarações polêmicas de Raphinha. O atacante brasileiro afirmou que pretende marcar no clássico e prometeu "dar porrada neles", o que gerou grande repercussão na imprensa e entre os torcedores argentinos. Mesmo assim, o técnico Lionel Scaloni tratou de minimizar o peso das palavras.

Durante a coletiva de imprensa nesta segunda-feira (24), Scaloni abordou o clima do clássico e trouxe à tona a lembrança marcante de Lionel Messi e Neymar conversando nas escadarias do Maracanã, após a vitória argentina na Copa América de 2021, disputada em território brasileiro.

"Não dei muita atenção às declarações dos jogadores, apenas vi que falaram algo. É Argentina x Brasil, sempre um jogo importante, mas é futebol. Lembro daquela cena após a final da Copa América de 2021, com o Leo sentado na escada do Maracanã ao lado do Neymar. Essa é a imagem que precisamos guardar. Ela diz tudo: o melhor jogador do mundo e, possivelmente, o segundo melhor, juntos, sendo amigos. É essa a visão que devemos ter", comentou.

"É um jogo de futebol, 90 minutos em que cada lado quer vencer, mas depois disso todos temos um amigo ou conhecido brasileiro. Joguei com vários deles e me dou bem com todos. Não há motivo para fugir disso, e não vai acontecer", acrescentou.

Outro ponto que agitou os ânimos na Argentina veio do lateral-esquerdo Guilherme Arana, que expressou o desejo de que "não haja casos de racismo no clássico".

"Sobre o racismo, é claro que não pode haver. Na nossa cabeça, essa palavra nem existe. Esperamos que quem vá ao estádio esteja lá para apoiar a Argentina, assim como os brasileiros torcendo por sua equipe, só isso. Esse é um assunto que não deveria ser diferente disso", refletiu Scaloni.

"É sempre um jogo fantástico de se disputar. Historicamente, é especial porque envolve duas das melhores seleções do mundo. E depois da partida, como já mencionei, a amizade com brasileiros, uruguaios ou qualquer adversário continua. Sempre foi assim: rivais dentro de campo, amigos fora dele. Acho que é assim que deve ser. Tenho ótimas memórias, assim como algumas ruins, o que é normal em jogos desse porte. Espero que amanhã seja mais um desses, que as pessoas curtam a partida e que tudo corra bem", concluiu.